Sete Dias - Capitulo 6


Oi amores!
Sorry pelo tempo que enrolei pra escrever, mas meu livro está pronto e estou esperando outro e-mail da editora...

Bem, vamos a web?



Sete Dias - Capitulo 6

18 de Junho...
 Acordei um pouco atordoada, que sonho havia sido aquele? O que aquilo queria dizer? Nunca acreditei que sonhos fossem apenas sonhos, e aquele havia sido bem real, mas não sei...

 - Ei dorminhoca.
 Olho para o lado, era meu amigo de sempre, Dan, ainda de pijama, cabelo bagunçado e cara amassada, ele ficava lindo assim, único, não entendo, estou me apaixonando por Dan?
 - Hey Dan. O que faz aqui?
 - Tenho uma surpresa pra ti, é o nosso quarto motivo, mas é melhor prepará-la antes.
 - Mas por que?
 - Tem a ver com sua mãe.
 Então voltei a mim, aquela semana estava acabando, faltavam apenas 3 dias, voltaria pro inferno que insisto em chamar de lar, lembranças me vieram à cabeça, meu irmão brigando comigo, meu pai morto, minha mãe em depressão, todos me julgavam pelo que eu fazia, nunca pelo que eu passei, aguentei tanto daquela família, e agora eu estava livre, era o que eu mais queria, não queria voltar pra lá. Consequentemente, as lágrimas foram escorrendo, Daniel baixou a cabeça, ele não queria me ver chorar mais uma vez, tive a sensação que ele não aguentaria.
 - Você é forte Gi, se acha fraca, mas é mais forte que muitos. Eu não conseguiria passar pelo que você passou, teria me matado.
 Ele foi tão sincero que até doeu.
 - Não é bem assim Dan, olhe para mim, meus braços, barriga, costas, tudo cortado, acha que isso é ser forte?
 - Isso foi sua expressão de força, você se acha fraca, deveria perceber que não é assim. - ele fez uma pausa e limpou minhas lágrimas - bom, seu quarto motivo é sua família, você pode odiá-los, mas isso é apenas passageiro, não deixe esse ódio dentro de ti minha boneca, sua família te ama, parece que não mas te ama, então teremos um churrasco no final de tarde aqui em casa, e vamos nós dois chamar sua família, ok?
 "O que está ok? Não vou lá! Você não vai me levar pra lá, não estou pronta...", pensei entre essas e outras milhares de coisas, mas nada disse, apenas levantei e me troquei.

 - Não será tão ruim assim Gi. - Ele me diz ao entrarmos no carro.
 - Eu não estou reclamando.
 - Essa cara me diz tudo.
 Fiz uma careta.
 - Você ainda não viu nada.
 - Agora é com você.
Sim, já havíamos chegado. Eu entro em casa, minha mãe estava na cozinha, fazendo comida.
 - Anh, oi mãe.
 - Menina, não sabe ligar? Fiquei preocupada, você está bem? Como foi? já está voltando?
 - Tenho uma coisa pra te contar...
 Meus olhos se enchem de lágrimas, eu não poderia fazer isso, não mesmo.
 - O que filha?
 Ela pareceu preocupada, me guiou até o sofá como se eu não soubesse aonde é.
 - Mãe, eu..
 Comecei a chorar, então no lugar das palavras, mostrei-a os cortes, ela fez uma cara de espasmo e logo após, uma cara sem expressão, depois me abraçou.
 - Nunca mais me esconda algo e, nunca mais se corte.
 Sua voz autoritária me assustou, tentei hesitar ao seu abraço, mas ela me segurou mais forte.
 "Se eu quiser eu vou me cortar, não é você que vai me impedir", pensei. Mas preferi não dizer nada, fazia tanto tempo que ela não me abraçava, melhor curtir o momento.
Acabei passando o dia com minha mãe, algo extremamente raro, e contei muito sobre mim a ela...
 Chega a hora do churrasco e vamos juntas.

 E ali estavam todos que Dan diz que se importam comigo, não me sinto nenhum pouco a vontade, muita atenção em cima de mim.
 - Ela poderá ficar o resto da semana aqui?
 - Claro querido, ah e obrigada por faze-la conversar mais comigo.
 - mãe...
 - Eu sei que ele que te convenceu Gisele.
 Fiz cara de emburrada, melhor não continuar falando...
 - Mas e aí, já estão namorando?
 - Mãe!
 - Que foi filha? Tá na cara...
 - Mãe!!!
 Sai correndo, ai meu Deus! Não acredito no que ouvi, que vergonhoso.
 Dan foi atrás de mim.
 - Ah meu Deus, perdão Dan, ela não deveria dizer essas coisas.
 - Tudo bem querida, coisa de mão.
 Sorri pra ele, como eu poderia ter um amigo tão perfeito? Nos abraçamos e a mãe dele chegou. Me deixando vermelha.
 - Oh desculpe, atrapalhei algo?
 - Não mãe. - disse Dan ficando com vergonha, ele fica lindo vermelho de vergonha, lindo mesmo, mas lido que já é.
- Melhor irmos né, Dan. - eu disse para disfarçar.
 - Espera um pouco, preciso te dizer...
 - Diga.
 Ele ficou mudo, sem reação, mais nervoso do que já estava.
 - Deixe pra lá Gi.
 - Ah ok. - achei melhor não pressiona-lo.
 Quando tudo se aquietou eu ainda conversei com a mãe de Dan, moça legal, ela me disse que minha mãe me ama e muito, mas tem um jeito estranho de demonstrar. Gostei do que ouvi, ela ainda me convidou pra ficar lá mais tempo, mas eu achei melhor voltar pra casa depois que a semana acabar, voltar e enfrentar minha vida como a guria forte que sou.
 De noite vi um filme com Dan, acabei por dormir no colo dele, e tenho que assumir, foi a melhor sensação de todas, nunca me senti tão em paz, tão bem, tão protegida desde aquele dia no banheiro...
 Eu amo Dan, por enquanto tenho medo de ser mais que um amor de amigo, afinal, todo o amigo ama, mas estava sendo diferente, não sei bem.
 Quando ele me colocou na cama eu estava com o sono leve, pude ouvi-lo dizer:
 - Tão fofa e gordinha, eitha menina pesada - risos - brincadeira minha linda, se pode me ouvir em seus sonhos, eu te amo princesa.
 E foi só. Entrei num sono profundo e feliz.
***
Bom, perdão pela demora de séculos, é que aconteceram tantas coisas que nem vou comentar...
Beijões

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